O mais interessante é observar a vida que existe entre os espaços ociosos do dia.
Entre os intervalos habitam as contemplações necessárias para crescer e transcender de forma que a expansão.comece na mente, subvertendo todos os obstáculos que planejavam surgir. Obstáculos.
Porque será que essa palavra nos soa tão negativa? Seria medo de cair ao tentar transpassá-los ou incompetência de vencê-los? Não sei, porém, até no vácuo do ócio há essas benditas barreiras! Olhando pra dentro de si entre uma tarefa e outra do dia nasce um desejo de aprimoramento sem igual, tudo fica às claras quando existe auto análise.
Desacelerar aos poucos até que o corpo atinja um ponto inerte satisfatório faz parte do nosso crescimento pessoal em todas as áreas, é reestruturar e supervisionar nossos ideais e vontades sem que alguém nos monitore ou sabote.
Apreciar o tempo ocioso precisa se tornar um hábito de pacificação do caos que carregamos nos ombros; chega de ficar entulhando coisas no nosso tempo fazendo com que tudo desmorone no fim do dia. Precisamos aprender a criar vínculo com nosso eu mais íntimo, aquele que ninguém conhece além de nós mesmos, aquele que cansa após as lutas do dia mas que com a apreciação dos intervalos se reconecta e se reinstala de forma pacífica e amorosa dentro de nós. Apreciar o tempo. Entender as pausas. Organizar os pensamentos. Ser satisfeito com o resultado disso. Absorver o melhor de si.
Permita-se ouvir seus intervalos, pausas e ócio. Ame o que vem ecoando dentro de você. Aquele velho ditado que diz "dê tempo ao tempo" faz total sentido se experimentarmos conhecer o tempo e perguntar para ele do que ele precisa para ser prazeroso. Os intervalos são pequenas propostas de progresso, precisamos aprender como aproveitá-los.
Arte: Elisa Talentino
Por May Sousa
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