Gabriela Campelo e mais artistas talentosos estão deixando a cidade mais cheia de vida |
Andar pelas ruas de Macapá é sempre uma aventura para mim. E observo cores, paredes e pessoas sempre buscando inspiração de arte. Numa dessas andanças me deparei com um grafite no estilo “cru” e com a frase “bora dalhe!!” junto com uma imagem de uma garota em fúria ( o que interpretei). Por sorte descobri de quem era a autoria e é de Gabriela Campelo: conhecida como Campis, 21, é uma garota cheia de energia e com sede de liberdade de expressão, assim como todos nós. Confira a conversa que tivemos e saiba que tem mulher no grafite, sim e com muita atitude!
Espia: Com tantas artes na sua vida e alma conta um pouco como foi seu
contato com o grafite
Gagriela: To no movimento hip hop aos 15 anos, primeiramente com o
elemento Breaking, e sigo também
representando a B.girling. Logo
depois conheci mais um pouco sobre essa cultura linda e descobri que o Graffiti
também era um componente de um dos elementos, daí mana, foi só risco!
Comecei a riscar direto no papel
coisas aleatórias, abstratas e etc. Me
dediquei mais nos desenhos livres e hoje tô na pista pra ilustrar o que vier!
O Graffiti tem me aliviado as
cargas nos momentos difíceis, vejo esse dom como um aliado na minha caminhada
de artista independente, e venho aprendendo mais e mais sobre como expressar
cada vez mais os sentimentos e sensações através das cores carimbadas nas
paredes das ruas de Macapá City e de qual mais rodar.
Espia: Qual seu foco para o ano de 2018
para jogar suas energias?
Gabriela: A minha energia está muito
concentrada em disseminar a arte de uma forma muito autêntica, através das
cores que atravessam de fato a minha forma de pensar e agir em relação ao
graffiti. Quero poder transmutar toda essa essência, e sinto que muitas portas
estão se abrindo, estarei colhendo tudo o que plantei este ano de 2018 ♡
Espia: Qual a mensagem que você quer passar com seu grafite?
Gabriela: Bem, sempre quero
deixar claro que a minha mensagem sempre é a liberdade de poder por pra fora
todo o sentimento de prazer em fazer o que se ama, cada detalhe, cada cor tem
seu significado.
Espia: Quais suas principais referências?
Gabriela: Minhas referências no grafite são bem latentes, rs, tenho uma forte influência dos Gêmeos, Mag Magrela e Paulo Ito. Sou muito
inspirada na forma como eles praticam essa arte maravilhosa!
Espia: Como você avalia a cena e o que poderia melhorar?
Gabriela: Eu vejo que ainda falta mais incentivo no meio da galera,
assim, vejo muita gente talentosa que pode “quebrar” tudo nas cores mas por
falta de estímulo acaba sucumbindo. E falo não só de estímulo de outros meios
mas de estímulo próprio. Temos que ter com muita garra esse espírito de Artista
Independente. Fazer o tranco acontecer, correr atrás, não ficar parado
esperando cair do céu, ser o que somos não é fácil, requer muito esforço
dedicação e principalmente: amor. Minha rinha é essa nesse meio.
Espia: Como a Campis se enxerga dentro do contexto do grafite em
Macapá?
Gabriela: Eu me enxergo como a mana que vai e faz, pode tá chovendo,
pode tá 50 graus de sol mas estarei expressando, repassando e desenvolvendo. Aprendi
muito com quem veio antes de mim, e hoje tô nesse meio pra transmitir tudo o
que colhi até hoje. Me vejo como minha própria ponta de lança, mirando bem de
fronte com toda essa cultura esplêndida que é o Graffiti. Gratidão é a palavra!
Pode chegar, bora dalhe!
Quer conhecer mais do trabalho da Gabriela? Acessa aqui
Quer conhecer mais do trabalho da Gabriela? Acessa aqui
Por Camila K. Ferreira
MANAS DO NORTE !
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