Monday, April 14 2025

In arte empreendedorismo Entrevista ilustradora

Voz e atitude em forma de arte: Luciana Rodrigues encontrou a identidade com tinta e papel


A arte é um refúgio para muitos: os que observam ou aqueles que nascem com o dom em alguma vertente. Também dá espaço para expressão, para o encontro consigo e outras descobertas que só a arte pode proporcionar. E foi neste mundo de infinitas possibilidades que Luciana Rodrigues, de 22 anos, mergulhou sem pretensão e começou a expressar sentimentos e ideias através de desenhos e ilustrações cheias de personalidade.

Luciana começou a desenhar em 2014

Luciana contou que o começo foi inesperado, e agora seus trabalhos estão cada vez mais consistentes. Ela fala sobre sonhos, desejo de aperfeiçoar e crescimento pessoal.

Q:  Você começou a desenhar inesperadamente, como foi esse acaso artístico?

Luciana: Comecei a desenhar por causa de um grupo no facebook que participava em 2014, de ilustração para meninas. Lá faziamos retratos umas das outras, e foi então que peguei gosto. Era uma questão de auto-estima também e a partir dalí, comecei a fazer retrato de amigas minhas e a me desenhar também. A frequência dos desenhos aumentou em 2017, quando coloquei na cabeça que queria encontrar minha identidade artística. Não fiz nenhum curso ainda, mas tenho vontade de aprimorar a técnica.

Q: E depois de “pegar o gosto”, como foi esse processo para desenhar?

Luciana: Criei um instagram, chamado “Quarto de Gato”, e comecei a divulgar meu trabalho. Estou começando a receber encomendas de trabalhos, ilustrar contos e livros. Caminhando aos poucos nessa estrada.  

A ideia deste desenho foi inspirada num sonho que o amigo de Luciana teve e ela era a personagem

Q: Qual a mensagem que você expressa nos seus desenhos?

Luciana: Coloco muito de mim nos meus desenhos. É natural, eles também refletem meu estado emocional e espiritual e variam de acordo com isso. A mensagem que quero passar de fato, é o empoderamento feminino. Foi o que me impulsionou a me dedicar aos desenhos e buscar minha própria voz através da arte e percebi que por eles consigo tocar outras pessoas. Quando desenho, penso em passar mensagens para as mulheres por causa de nossas vivências que acabam sendo parecidas. Falo de mim mas toco alguém com isso.

Q: O campo de trabalho na arte, o que você enxerga para o presente e futuro dele em Macapá?

Luciana: Cada vez mais vejo outras meninas fazendo arte, inspirando-se umas nas outras, criando uma conexão para fortalecer o mercado. É possível ver arte nas ruas, nas redes sociais, e está ganhando muita força. O mercado ainda não mudou, percebo que no meio artístico em Macapá, é muito difícil para uma pessoa que trabalha com arte dizer “Sou profissional e preciso ser pago”. O público acha que a divulgação ou o coleguismo vai pagar as contas deste artística e não é assim que funciona. Acredito que o artista tem que se impor e não aceitar que menosprezem seu trabalho. Sempre vai existir aqueles que não levam a arte a sério. Não podemos permitir que nos menosprezem!

Q: E uma dica para aquelas pessoas que estão buscando coragem para expressar o que pensam, em forma de arte?

Luciana: Penso que não existe certo ou errado na arte. Existe “Se expressar”. O principal é colocar para fora e mostrar para o mundo. Vai ter gente que vai gostar e os que não vão. O importante é produzir e estar em contato com isso, nos enriquece. Não precisamos nos prender tanto em técnicas, meta a cara. Não tenha vergonha, mostre para um amigo ou conhecido que você se sinta confortável. Não deixe de fazer algo só porque não se acha bom o suficiente. Uma hora você fica satisfeito e isso é o que mais importa. 

Retratos femininos são o foco dos desenhos da ilustradora

Para conhecer a arte da Luciana Rodrigues acessa aqui

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