Depois de ler a carta aberta de Lucinda Chambers, ex-diretora de moda da Vogue britânica, cargo que ocupou por 36 anos, fiquei com a cabeça fervilhando de pensamentos e sentimentos. Não lembro bem quando me encantei pelo assunto "Moda", mas lembro que foi por um bom motivo: me conhecer melhor.
E desde então, vi que naturalmente a moda estava inserida na minha rotina e era muito além do preconceito que eu tinha quando pensava que o assunto se tratava apenas de grandes futilidades desnecessárias para a vida.
É também um pouco disso, porém, não dá para resumir um assunto tão recorrente em adjetivos medíocres. Fui estudar, procurei por cursos e acabei fazendo dois: História da Moda e Cultura de Moda (on line). Foram incrivelmente essenciais para que mudasse meu entendimento sobre o assunto e entender onde eu realmente queria focar. Continuo procurando cursos e adquirindo conhecimento, pois como o velho ditado diz: "Conhecimento nunca é demais". E não é! Focar na Assessoria de Imprensa e Consultoria de imagem dá trabalho, mas, estou me sentindo bem com isso.
Na carta, Lucinda conta que o comunicado de demissão durou apenas 3 minutos. De uma vida inteira de trabalho, dedicação, falhas e principalmente acertos. Afinal, permanecer tantos anos assim numa empresa, é um reflexo de competência da editora. "Se você quer bons resultados, você deve apoiar as pessoas. Você não tira o melhor de ninguém fazendo com que eles se sintam inseguros ou nervosos. Em última análise, essa maneira de tratar as pessoas é apenas sobre o controle. Se você faz com que alguém se sinta nervoso, você os pegou. Mas, na minha opinião, você os tem no caminho errado. Você os tem em estado de ansiedade".
Tudo anda muito rápido. Estou sentindo tudo isso e me deixo levar por diversas vezes. Paro, reflito. Mas sabemos que o mundo não vai parar e esperar. Temos que correr atrás. Ah, estou procurando meu próprio ritmo.
Fico nervosa, quero acertar, quero melhorar, quero ser uma boa profissional, mas qual o preço disso? Neste trecho, Chambers fala sobre erros e acertos, foi um dos que mais me tocou. "Você não tem permissão para falhar na moda - especialmente nesta era das mídias sociais, quando tudo se trata de levar uma vida bem sucedida e incrível. Hoje não é permitido para falhar, em vez disso a perspectiva causa ansiedade e terror. Mas por que não podemos comemorar o fracasso? Afinal, ele nos ajuda a crescer e desenvolver. Não tenho vergonha do que aconteceu comigo. Se os meus rebentos fossem realmente grosseiros ... Oh, eu sei que eles não estavam bem - alguns eram ruins. A capa de junho com Alexa Chung em uma estúpida camiseta de Michael Kors é uma porcaria. Ele é um grande anunciante, então eu sabia por que eu tinha que fazer isso, e fiz de qualquer maneira. OK tanto faz. Mas havia outros ... Havia outros que eram ótimos."
A verdade é que a falha acaba tendo uma grande repercussão, por isso é eterna a nossa busca por perfeição (a rima não foi proposital).
Falam tanto que é errando que se aprende, mas na verdade ninguém está preocupado com o aprendizado fornecido pelo erro, não é? Vou respirar um pouco e refletir. Aliás, a respiração é um ótimo exercício para conseguir calma e quase ninguém pratica.
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