In Cotidiano

Pobre Povo que Ri (Pot-Pourri)


Perdemos a pororoca. Os ribeirinhos que pouco tinham, não têm mais o seu peixe. A vida daqui é assim devagar. Hidrelétricas se instalaram para mandar energia pro lado de lá e matar a natureza do lado daqui. Pagamos caro por uma energia que temos dia sim e noutro não. Basta o céu, o sol, o rio e o ar?

A vida boa de não fazer planos deixou nosso Estado tão pequeno no tamanho, porém grande na diversidade da fauna e flora de cabeça pra baixo. Por um lado, querer trazer industrias pra cá pra poder arrecadar impostos e gerar empregos e por outro, destruir um lugar preservado.

No fim das contas, alguns desses impostos não são pagos, os empregados vêm de fora, porque aqui nós só tem que fazer menino. Eles ficam até não ter mais nada pra explorar, o povo aqui se sente usado mais uma vez. Me dê o meu troco e pode sair e ao virar as costas esquecer de mim, pois não sou tua? Eu também não sou obrigada.

Quer saber onde eu tô? Eu tô no Estado que nasci, que tô crescendo, que gostaria que meus filhos nascessem e crescessem, mas não se vê os interesses coletivos na representatividade das urnas.

Eu tô em Macapá.


Por Bruna Cereja 

Foto: Site Estados e Capitais do Brasil

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