Monday, April 28 2025

In Cotidiano Feminismo

É para unir as manas ou fortalecer um determinado grupo?


Feminismo. Movimento em prol de nossos direitos. Tantas informações libertadoras, aliás, o feminismo realmente dá uma força incrível. 

Me senti mais eu, forte e ciente de quem sou. Para mim, este é um dos papéis principais dele. Ler, entender, ter informação também é necessário para não sair por aí c***** regra, dizendo que cada mulher tem que fazer, falar e pensar. 

Por falar nisso, de que adianta ler tantos livros e ter tanta informação e não ter a própria interpretação disso tudo? Pensar com a própria cabeça e achar o que está no livro é a "lei" do feminismo? Não parece contraditório? Adquirir conhecimento e entender sobre liberdade de pensamento, porém, se esforçar para ditar regras de como se encaixar? 

A temática é muito ampla, os entendimentos são inúmeros. Mas o que não dá para passar batido é notar que muitos movimentos feministas tem se unido unicamente em prol de julgar, apontar o dedo na cara de outras mulheres. Estas mesmas moças, engajadas, intelectualizadas, com livros incríveis em mãos, pregando a ditadura de como ser feminista e o que cada mulher deve fazer. 

Não era isso? Será mesmo? Se você se reúne com as manas para dizer que fulana ou ciclana está agindo em desfavor do movimento e começa a criar uma rede de intrigas e indiretas nas redes sociais, não é ser ditadora de regras? Dizer também que, se uma mulher não concorda com a metodologia do seu grupo, não seria uma opressão?  Pense bem. 

Colocar em prática o movimento é, acima de tudo, plantar aquela semente, mesmo que seja o benefício da dúvida em mentes que ainda estão tomadas por anos e anos de informação patriarcal. Não é fácil. 

Falar de sororidade e não colocar em prática é uma linha tênue entre a falta de empatia e falta de respeito, afinal, de qual aliança estamos realmente falando? Aliança de respeito ou a intenção é fazer um grupo de mulheres pensar da mesma forma e se alguma não se encaixar nisso, deixa-la de fora? 

Texto inspirado em conversas e relatos de amigas que pensam diferente e são feministas 

Fica a reflexão. 

Ao lhe ensinar opressão, tome cuidado para não transformar os oprimidos em santos. A santidade não é pré-requisito da dignidade. Pessoas más e desonestas continuam seres humanos e continuam a merecer dignidade. - Chimamanda Ngozi Adichie

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