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Fiscais de roupa, chuva, sol e o que vestimos em Macapá


Já faz um tempo que me apaixonei pela moda e comecei vários estudos sobre o tema. E, para mim, ela vai sempre muito além do consumo. E ela também foi uma das artes que me deram mais motivação e confiança, porque decidi usá-la a meu favor. Aliás, são inúmeros conceitos, pois a palavra “moda” é mais do que uma forma de comunicação e cultura. E isso é mais que “look do dia” ou tentar usar um mesmo conjunto de roupas de formas diferentes.. 

A música sempre influenciou minha forma de olhar a roupa, e a gente acha que tudo começou só quando nos damos conta do que vestimos diariamente ou para diversas ocasiões.Ah! Tem, também, aquele discurso cheio de amargura e amarras da ignorância, de que você tem que usar certo tipo de roupa, porque você vive em determinado lugar. Por exemplo: em Macapá, e é época de chuva. Não sei vocês, mas sinto um frio danado. Ué, quem não sente deveria simplesmente respeitar isso. Mas independente do quanto frio ou calor você sinta, você é livre para usar o que quiser, o que traz junto com você, suas formas de comunicação.


Vale lembrar que passei uma semana observando em paradas de ônibus e locais movimentados, qual a roupa mais usada pelas pessoas que estão diariamente na rotina de trabalho ou passeando. Durante a chuva, vi gente de moletom, jaqueta, jaqueta de couro sintético e vi muita gente de regata e short, mulheres de saia e vestido ou blusa de alcinha. No meu caso, você provavelmente vai me ver de jaqueta jeans ou couro, um terno bem quente, e é assim que me sinto confortável, aquecida e à vontade. Em dias quentes, aquela nossa "brusinha" e short jeans de cada dia. Engraçado que também notei um detalhe: camisas pretas. E têm os fiscais de roupa que dizem: "usar preto neste sol". E existe uma boa explicação para isso.



No dia a dia, o sol, na região norte, é matador. A gente sua bicas! Litros de água grudando no nosso corpo e, claro, em nossas roupas. A poeira de tudo se junta a tudo isso e o resultado é: sujeira! Na camisa branca e cores claras, fica uma coisa agoniante e visível. Na camisa preta, tudo é camuflado (menos aquele cheiro. Mas é a vida!). Ela nos salva algumas horinhas.

Você quer que todo mundo ande de cores claras no sol quente, principalmente se trabalha fora do conforto do ar condicionado? Tenha um pouco mais de empatia. Pega tua blusa preta e vai! Às vezes, ando por muitos lugares pelo centro e costumo dizer: "venci". Aquele cheiro já começou a ser desagradável e não quero chegar perto de ninguém. Meu desejo é apenas chegar em casa e tomar um banho. E é essa minha explicação. 

Agora falando mais sério (pois o assunto é um fato, apesar de cômico), os códigos de moda ou informação de moda, como você quiser chamar, fica por conta do que você usa e só você pode se sentir confortável com isso. Ninguém tem o direito de ousar falar como você tem que se vestir. Além de ser uma vergonha alheia, é também uma ignorância sem igual. Ah, os julgamentos! Estamos todos à mercê deles. Apontar e ser o alvo. Mas a não prática de ambos nos leva a melhoria. Tenho esperanças. 

Looks perfeitamente usáveis



Certo, ai você diz: mas e o personal stylist, o consultor de moda? Nós precisamos de ajuda para tudo nessa vida. Para aprender, para conhecer e até mesmo para conhecermos nosso eu mais profundo. E estas duas profissões ajudam, justamente, na parte da identidade de moda. O personal está ligado a tendências e novidades do mundo da moda e tenta adaptar isso ao cliente. Já o consultor, estuda o perfil social e psicológico do cliente, para orientar de forma harmônica com o que esse cliente deseja.



Está nas mãos de cada um: mudar, inovar, transformar; e o “look do dia” é o que menos importa. E se importar com o que os outros dizem, é o que menos faz diferença na sua vida.


Te convido a fazer o novo. Faça o que VOCÊ sente. Inspirações são importantes, mas no fim, o que conta, é a sua verdade. Então, se você ama seu jeito de vestir e sente que isso lhe traduz, lhe expressa, comunica...o resto...ah...o resto é puro ruído de comunicação. E isso não é um problema seu.

Imagens: google/pinterest

Por Camila K. Ferreira 

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