In Cotidiano empreendedorismo

Um bom atendimento - é tudo o que queremos, senhor vendedor


Se tem algo que gosto é andar pelo centro da cidade de Macapá e não importa se está tão calor assim, andar por lá me acalma e acaba sendo terapeutico. Aproveito também para fazer umas pesquisas de preço, catar raridades seja de roupas, sapatos ou acessórios e outras coisas não tão importantes.

A questão é que, entro em várias lojas, sempre procuro conhecer as pequenas lojas que abrem e ver o que elas tem para oferecer de variedades e importados. E isso já faz um bom tempo! Porém, ultimamente, tenho ido às lojas e tem acontecido situações que sinceramente não sei se elas são peculiares do comércio amapaense ou é geral no Brasil. 

Entre estas coisas estão: entro na loja, e não vou ao centro arrumadíssima, vou apenas com um short, uma blusa de banda qualquer e uma sapatilha. Ok né? #SQN. Ao entrar na maioria destas lojas, já vem um vendedor até mim, perguntando se preciso de ajuda. Dificlmente entro nestes lugares com algo em mente, pois quero conhecer o espaço e os produtos. Respondo que "estou olhando, apenas". Mas para alguns não é o suficiente. A pessoa fica atrás de mim, como uma sombra e isso intimida, incomoda e até constrange. 

Porque não deixar o cliente à vontade e dar a liberdade para que possa andar em todo espaço da loja até realmente precisar de ajuda? Fica esse bilhete nº 1.

Fora quando não julgam pela roupa que estamos usando. Aí acontece justamente o contrário: o cliente é subestimado como apenas um visitante e não um comprador em potencial. Ai o vendedor simplesmente o ignora. Já estive em lojas que simplesmente chamei pel@ atendente e fui ignorada. 

Ah, tem também os que agem como se estivessem nos fazendo um favor. E a nossa compra fosse uma obrigação por entrar na loja e atrapalhar o momento de "lazer" da pessoa. Numa importadora local, perguntei quanto era o preço de uma miniatura e a pessoa, com um catálogo na mão, apontou com a boca: "Bem ali o preço". Fui embora. 

Ainda teve o caso de outra importadora, que minha mãe iria comprar um brinco e avisou que já iria com o brinco na orelha para a pessoa que estava atendendo. Chegou outra, no meio da conversa e disse que não podia experiementar os brincos. Que tal? 

Tem também aqueles que, pedimos um número de roupa ou sapato e afirmam logo que não tem. Pedimos para outro, e milagrosamente, surge o número que queriamos. 

O centro amapaense é cheio de lojas grandes, pequenas e micros, cada uma com peculiaridades, mas o atendimento na maioria delas é inaceitável. "Ah, então não compre mais lá". Errado! Porque temos que nos acostumar com isso? Será que os empresários locais não tem a mínima ideia de que seus funcionários precisam de um curso básico de atentedimento ao público? O pior são os que atendem de má vontade, mas chega um conhecido ou alguém dito "importante" a figura abre um sorriso de ponta a ponta. 

Até quando o comércio de Macapá permanecerá na década de 80 quando os cursos para melhor qualidade nos serviços eram escassos? Estamos em plano 2017 e os donos de lojas ainda encaram seus funcionários como meros "robôs"? Não dá para culpabilizar só os funcionários! Os gerentes, empresários tem grande parcela nisso. Como incentivar alguém a oferecer gentileza e qualidade no atendimento se só oferecem um contra-cheque? Nós, clientes, só queremos um bom atendimento, para inicio de conversa. 

Mas os empresários podem fazer mais por suas equipes. Eles não são maquinas substituíveis ou descartáveis, são pessoas que merecem um plano mínimo de gestão e incentivo. É o empreendedorismo moderno. Chega de viver no passado. Melhor construir um musei para isso. 

Ilustração: Anja Boretski

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