Não julgar é muito difícil. Fomos criados com a ideia: seja vencedor. A competitividade está enraizada na nossa sociedade. Mas isso é algo que precisamos trabalhar, tentar minimizar essa necessidade que as vezes é inconsciente de ganhar, e, a partir do momento que você consegue perceber isso de uma maneira mais ampla, o coração vai ficando bem leve.
O ponto que gostaria de chegar é: porque algumas pessoas acham que depreciando ou descredibilizando o trabalho dos outros, o delas terá êxito? Não conheço realidades de outros lugares, mas posso falar em como sinto isso em Macapá. É TENSO.
Em vários âmbitos, ouço muito fulano falar que "ciclano é melhor e mais barato" ou "fulano é caro e se acha, melhor o beltrano que é mais baratinho", "ah, qualquer um pode fazer o trabalho de ciclano". São frases comuns, e o que me incomoda é a desqualificação. Muitos profissionais investem em suas carreiras, fazem cursos, adquirem equipamentos, viajam para reciclagem e vem aquele comentário medíocre: "Fulano faz isso de graça".
Ironicamente, as profissões que exerço não precisam de diploma: jornalismo e fotografia. O que é uma pena. Diploma não é tudo, eu sei. Afinal, não dou créditos à faculdade e sim ao trabalho e experiência que vamos adquirindo com o tempo. Mas penso que jornalista precisa de conhecimento técnico, sim! E faz diferença. Tem gente que nasce com um dom incrível para escrever: seja escritor, então. Pois comunicação é tão vasta... e também muita técnica. Fotografia é olhar mas também precisa de técnica. Abaixo a arrogância de dizer que ter talento basta. Não basta.
Conhecimento nunca é demais, gente! O lance é: qual é a forma que você adquire esse conhecimento e qual objetivo? É para colocar em prática ou apenas dizer que adquiriu? Cabe a cada um esse autoconhecimento.
Só ando exausta de ouvir/sentir sempre essa energia da competitividade negativa só para provar que é melhor que fulano ou por pura ganância. Faça o que você gosta e pare de pensar um pouco na concorrência. Afinal, tem espaço para todo mundo, todos os gostos, preços e atitudes.
Não julgar é muito difícil, mas é possível reverter. Ruim mesmo é quando vira vício. Que tal evitar e tornar "não julgar" um exercício?
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