In Cotidiano políticas públicas Reflexão

Você, eu e as políticas públicas


Fiz uma reflexão intensa sobre políticas públicas depois de assistir a reportagem sobre os vendedores independentes que ficam numa das ruas da cidade de Macapá. É errado? É. Mas cade o lugar que foi prometido para estas pessoas? "Em construção" "Coming soon" "Aqui será o shopping popular" e ainda não vi um tijolo. 

É triste e frustrante ver que as políticas públicas de nossa cidade priorizam situações que deveriam ser a última na escala de importância, quando vivenciamos diariamente casos extremos que deveriam ser a principal preocupação.

É triste observar que o desenvolvimento da cidade/pessoas está pautado no interesse individual e no enriquecimento. É preciso sim priorizar a própria necessidade, mas, quando se tem nas mãos o poder de melhorar a vida de muitas pessoas, porque não usá-lo para tal? Porque não tentar fazer apenas um pouco?

Precisei pesquisar e ler mais sobre políticas públicas para trocar essa ideia com vocês. Não é um assunto óbvio (e deveria ser). Aliás, isso deveria seguramente ser matéria escolar! Afinal, elas existem para que nossos direitos e benefícios sejam aplicados e o encaminhamento do dinheiro público seja em prol da cidade. Dá e sobra! Me pergunto várias vezes o porque é tão difícil investir em lugares/situações pontuais: praças, pontos turísticos, ruas, iluminação. Tem dinheiro não tem? Tem verba? E para termos certeza disso, precisamos aprender e criar o hábito de consultar os portais da transparência dos gestores públicos. Faço esse convite para você. 

Mas, para meu esclarecimento e seu também, li num site muito bom, chamado "Politize", a definição: Conforme definição corrente, políticas públicas são conjuntos de programas, ações e decisões tomadas pelos governos (nacionais, estaduais ou municipais) com a participação, direta ou indireta, de entes públicos ou privados que visam assegurar determinado direito de cidadania para vários grupos da sociedade ou para determinado segmento social, cultural, étnico ou econômico. Ou seja, correspondem a direitos assegurados na Constituição

Esse livro, Constituição Federal, deveria ser leitura obrigatória nossa de cada dia. Não é à toa que dizem, "conhecimento é poder". Temos o poder de mudar muita coisa em nossas mãos, mas não lemos! Não sabemos! Fui ler alguns artigos não faz muito tempo. Ah, quanta ignorância a minha. Levei tanto tempo! Mas nunca é tarde. E você, adiante-se! Não espere tanto! Tá, a juventude queima, o tempo é curto, mas e a qualidade de vida? Dá uma espiada nesse conteúdo tão importante sobre nossos direitos, deveres e o que os gestores devem e não devem fazer. 

Esse texto não é nada mais que um apelo. Não paro de pensar em nossa cidade e como ela pode melhorar, ficar mais bonita, limpa, bem cuidada. Mas percebo que o desenvolvimento de quase tudo em Macapá tem acontecido quase sempre por iniciativa de pessoas que olham para o futuro com esperança.

Eu ainda tenho essa esperança e fico muito feliz quando presencio cada passo em prol do novo. Mas enquanto a energia retrograda que domina a maioria das cabeças macapaenses subir para nosso céu como vapor e virar nuvens negras, e essas nuvens não acabarem com o tempo, vai ser difícil ver essa tal luz, esse fio de esperança que todo mundo tem. 


Porém, por enquanto, as nuvens estão (há um bom tempo) encobrindo nossas cabeças. Vem chuva! Vem novo dia. A gente precisa. E rápido!

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