Vi, na semana passada, o boom de um aplicativo chamado "Sarahah". Logo que vi, senti aquela preocupação: é mais uma ferramenta daquelas que acabam virando uma armadilha na internet.
Sou uma apaixonada pela tecnologia e todos os benefícios que ela pode nos trazer, porém, tenho a noção de que, aquele monstro adormecido em todos nós, ganha "forma" e "voz" na internet muitas vezes.
A boa intenção e ação existem sim, mas quais seriam as melhores formas de colocar isso em prática? Sinceramente, não vejo este aplicativo como algo útil para ninguém, só mais uma ferramenta para incentivar a chacota e dar coragem para aqueles que se escondem em fakes para falarem as piores coisas. Tem coisa legal? Tem. É raro.
E falando do Sarahah, um aplicativo cujo nome é uma palavra árabe que em português significa franqueza ou honestidade se tornou um dos aplicativos mais populares em pouco tempo no Brasil. Nele, o usuário cria um perfil e envia mensagens anônimas a amigos e até desconhecidos. O objetivo é: que a pessoa será mais honesta ao fazer uma crítica sem que o receptor da mensagem saiba quem ele é.
E precisamos de um aplicativo para ser honestos? Se a pessoa é realmente sua amiga, porque não falar olho no olho, principalmente em dias de mundo conectado e tão pouco contato pessoal? Ah, as críticas...
Somos cheios delas e temos várias a fazer. E, para que isso aconteça, precisamos de um aplicativo?
Além de quase zero funcionalidade, o Sarahah lembra o aplicativo Secret, que foi tirado do ar em 2015 por causa dos monstros cibernéticos cheios e críticas e maldades. Será mesmo que um novo aplicativo como este trará benefícios?
Quer falar, tente falar na cara. Não vejo nada de positivo em usar qualquer ferramenta para ser anônimo e dar opinião. Afinal, somos seres diferentes, únicos e existe espaço para todos. Se você tem um bom amigo, ele vai te dizer o que precisa ser dito. Não dá para tapar o sol com a peneira. As pessoas que nos amam, conseguem chegar até nós de uma forma diferente de um aplicativo.
Estamos precisando de mais empatia e não anonimatos. Seja onde for.
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