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Exterminador do futuro - ficção que pode virar realidade


Quando me encantei com os filmes de ficção científica, entre eles está "O Exterminador do Futuro" (The Terminator), de 1984. Sempre achei que os diretores que produzem filmes como este têm um pé no futuro, muito além do que podemos imaginar. Aliás, só eles podem imaginar e compartilham isso com o mundo por meio do cinema.



No caso de O Exterminador, que marcou uma geraçao no cinema, principalmente pelos efeitos especiais nunca vistos e trazendo uma abordagem muito além da tecnologia. Ele também retrata que, a eterna vontate de superação do ser humano as vezes traz resultados catastróficos, porém, somos adaptáveis e sempre damos um jeito e aprendemos da pior forma. 

James Cameron é um diretor que aborda muito isso nas produções que assume, assim como podemos ver em Avatar, de 2009.



Mas, o fato de citar O Exterminador do Futuro, calhou pois li uma matéria bem interessante sobre a preocupação dos pioneiros tecnológicos do mundo inteiro. Eles assinaram uma carta aberta exigindo que o desenvolvimento e uso de robôs assassinos sejam banidos imediatamente. Quem assina a carta é Elon Mudk, Mustafa Suleyman do Google e mais de 100 especialistas mundiais em robótica e inteligência artificial. Ou seja, não é nenhuma bricandeira. 

Não temos nem ideia do que as grandes potencias no mundo estão projetando, construindo e arquitetando, muito menos seus propósitos. 


A atitude dos caras aconteceu por causa do recente voto da ONU para iniciar discussões sobre armas como tanques, metralhadoras automáticas e drones, o que provocaria a "terceira revolução na guerra".



Para quem assistiu o filme, dá para fazer uma analogia assustadora com nossa realidade e olha que o longa é 1984! Os robôs, o metal líquido que tomava forma humana e podia se transformar...tudo bem, essa parte pode ser demorada, mas os robôs superpoderosos e inteligentes, me deixavam aflita e com essa notícia, sinto um receio. 

Na carta diz: 

"Uma vez desenvolvidas, as armas autônomas letais permitirão que os conflitos armados sejam combatidos em uma escala maior do que nunca, e em intervalos de tempo mais rápidos do que os humanos podem compreender" (...) "Estas podem ser armas de terror, armas que os déspotas e os terroristas usarão contra populações inocentes e armas pirateadas para se comportarem de maneiras indesejáveis".

A carta foi divulgada numa conferência internacional sobre Inteligência Artificial, na Austrália. O grupo quer o que pode parecer óbvio para quase todos nós: "que as armas "moralmente erradas" sejam adicionadas à lista da ONU sob a convenção de certas armas convencionais. A lista inclui os lasers e substâncias químicas cegas". 



Vejam só, na conferência eles também detalharam que já existem algumas máquinas de matar autônomas em uso. Uma delas é capaz de disparar de forma independente, e usa o reconhecimento de voz, vigilância, rastreamento e pode disparar a partir de uma metralhadora ou lançar granadas. A Rússia diz que está trabalhando em um veículo terrestre de combate não tripulado, enquanto os EUA e outros países continuam desenvolvendo tanques robóticos controlados remotamente e autossuficientes.

Talvez a gente nunca entenda o que se passa na cabeça destas pessoas e o que elas querem, o fato é que, elas não pensam no mundo como um todo. Esquecemos de pensar nisso muitas vezes não é? Pairamos por estas informações como Sarah Connors e somos surpreendidos com missões inimagináveis ou responsabilidades que nem deveriam ser nossas, ou são? Não importa. Melhor ser Sarah Connors. 



Essa heroína improvável pode ser nossa consciência. Nossa atitude. E o filho dela, John Connor a esperança. Colocamos sempre nossa esperança em alguém, alguma coisa e ali está o garoto, personificado como o salvador de toda a raça humana. 



Fico temerosa. E prefiro mil vezes que tudo fique apenas na ficção. Há esperança? Sim. E será que precisaremos ter um John Connor para mudar isso? Ah, o próprio James Cameron, diretor do filme, disse que é possível retornar com mais um filme da franquia. "Numa época em que as pessoas estão sendo absorvidas por seu mundo virtual-social, quero dizer, basta olhar ao redor. Eu sempre digo: se ‘Terminator’ foi sobre a guerra entre os seres humanos e as máquinas, olhe em torno de qualquer restaurante ou saguão de aeroporto e me diga se as máquinas não ganharam quando cada humano que você vê é escravizado ao seu dispositivo. Então, poderia fazer um filme ‘Terminator’ relevante agora? Absolutamente”, disse durante entrevista para o The Daily Beast.



"Não temos muito tempo para agir. Uma vez que esta Caixa de Pandora for aberta, será difícil fechar."
 Trecho da carta aberta do grupo de especialistas em robótica


Informações: Revista Dazed e Cinema com rapadura
Imagens: Google 

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