Tom Morello, guitarra da banda Rage Against the Machine ( se não conhece, dá um google rapidinho), e soltou a frase "(...) o pop sacarina, e também essa cultura dos reality shows trash que nada acrescentam a ninguém, encorajam o escapismo". Frase que me tocou profundamente, pois venho sentido esse vazio musical, a falta dessa força na música. Deixo claro que adoro música pop, porém também percebo esse hiato criativo. São muitos lançamentos, e parece que todas as músicas soam iguais. As novidades que parei para ouvir foram: Katy Perry, que..pode ser "uma fofa", mas as músicas não condizem com o que ela tem pregado sobre politização, feminismo entre outros assuntos. A sonoridade também dói um pouco nos ouvidos, afinal a fórmula: pop + refrão hip hop + batida eletrônica já deu todas as suas contribuições para a música massantemente.
E depois Miley Cyrus. A voz dela nunca me agradou. Mas reconheço que "Bangerz", em 2013, causou um reboliço no cenário pop. Apesar usar a fórmula pop+hip hop+eletrônico" a "Hannah Montana is back" se reinventou e foi novidade. Porém, todavia, eis que Miley retorna às suas raízes "montanescas" com "Malibu". Uma água com açúcar com pegada country. Funciona?Claro. Dá para cantar junto, ouvir na rádio, mas...logo vamos esquecer. E a moça já disse que quer ser respeitada no mundo country. Yahoo!
Não posso falar nada sobre o trabalho do Harry Styles, não ouvi e não sei se consigo. Nem Lana Del Rey. A verdade é que me recuso a ouvir artistas que fica bem na cara que são fabricados ao gosto do freguês. Sem ingenuidades, claro que a indústria cobra um padrão, independente da vertente que o artista escolha. Não são todos que podem ser Rihanna. Até ela, no início da carreira sofreu essa pressão claustrofóbica. Ah, não podia deixar de falar do novo álbum da Lorde, "Melodrama". Acompanho-a pelas redes sociais e vi os "fãs" cobrando a garota para lançar álbum durante estes anos que ela esteve em pausa, como se compor e gravar um álbum fosse assim, fazer uma maquiagem. Em 2017, ela soltou algumas músicas, entre elas "Green Light", música de trabalho e para rodar nas rádios, clipe e tudo mais. Curti, apesar de me lembrar muito o arranjo de "Little Respect", do Erasure. Ainda não ouvi todas as músicas, mas passei o ouvido rápido e...tem muita batida igual. O visual do álbum é incrível! Ainda sinto que Lorde tem muito para oferecer, mas convenhamos que ela precisa arrumar novas amizades ( entendedores entenderão).
E faz tempo que não pego um álbum, deito na cama, coloco fones de ouvido e viajo até o fim da obra, curtindo cada música e notando cada peculiaridade da composição. É um momento profundo para mim, aquele de "me apaixonei" por este álbum. O lance é que, falta aquele fator "atemporal".
Tom Morello também falou sobre isso: “Veja a música agora. Ela diz alguma coisa? São artistas jovens falando apenas sobre eles mesmos, não sobre o que está acontecendo lá fora. O que eles estão falando é insignificante”, disse ao The Sunday Times. “Não os vejo falando nada além de ‘isso é o que eu sinto’. Isso é uma parte importante de escrever uma música, mas estamos falando aqui do contexto de uma eleição”.
Aqui ele fala do contexto da eleição dos EUA, porém trazendo para o mundo, falta alguma coisa.
P.S: Não falei de nada nacional, confesso que ouço pouco, quem puder/quiser indicar, estou de ouvidos abertos.
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