Moda, um termo livre e segregador ao mesmo tempo. Ninguém pode evitar. Mas a cultura de moda ninguém pode CONTROLAR. E claro, marcas e estilistas estão de olho em tudo que as ruas podem reger temporadas e gerações e uma delas é o feminismo. Disseminar corretamente o conceito é louvável, e precisamos sim falar, falar e falar.
Já li que moda e feminismo sempre andaram separadamente. Não acredito nisso, vide Coco Chanel. Mas sem especificar esse caminhar de mãos dadas ou não, dá para perceber que a moda ( leia-se grandes marcas) pegaram carona e pá: Camisas com frases feministas, desfiles e posts de instamodels sobre o movimento.
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Vale? Vale. Mas até que ponto realmente gera engajamento? Pois o número de garotas que consumirá isso é enorme, mas quantas garotas vão ler/aprender/conhecer sobre o feminismo? Recentemente estive num evento de Comunicação, que tratou exatamente sobre isso: Números x engajamento.
Não é à toa que a Pepsi teve a frustração de tirar seu comercial do ar, estrelado pela instamodel Kendall Jenner. Ela tem milhões de seguidores mas nunca se ouviu falar da militância ou engajamento da moça em causas similares à do comercial. Soa estranho. As pessoas não querem mais saber de informações sem curadoria, sem honestidade e para mim isso é incrível. Somos ainda influenciados por dezenas de coisas que não posso elencar, consciente e inconscientemente, mas ir tomando as rédeas do que consumimos é um sinal de mudança.
E quanto as camisas feministas, nas passarelas já são "moda passada". Torço que nas cabeças das mulheres seja atemporal.
Imagens: Pinterest
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