Há algum tempo me peguei num daqueles momentos que você se questiona na
frente do espelho e pensa no visual, no corpo, no que usa ou deixa de usar, se
corta o cabelo ou deixa do mesmo jeito e acredito que tais questões não surjam
do nada. Tem a ver com as informações que vamos absorvendo e nos causam
mudanças.
A cobrança sobre a nossa aparência é latente, e sinceramente, não vejo
muita coisa mudar não. O que vejo são ótimos veículos de comunicação e artistas
tentando passar a mensagem: seja você mesm@.
Nos moldes sociais que estamos, "ser você mesm@" tem um preço.
Mas isso não quer dizer que é sinônimo de sofrimento social. É como diz Caetano
Veloso "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", e cabe a nós
entender isso.
As famosas tem uma influência inegável nisso, e é ai que nosso filtro de
informação tem que superar essa forçada de barra que a mídia impõe e conhecer
mais sobre o artista, qual é a mensagem que ele passa, se isso lhe interessa.
Tem artistas que sinceramente não dou a mínima para o que falam, quero saber
apenas do trabalho artístico. Acaba que tudo se interliga e o filtro natural
das coisas surge.
Li uma entrevista da musa retrô, a dançarina Dita Von Teese, e ao fim da leitura. Dita, eu escolhi te ouvir! Que palavras inspiradoras, principalmente sobre a verdadeira beleza e o amor próprio: “Uma pessoa é sexy quando está confortável em sua própria pele, auto-confiante, e você pode ver que ela está fazendo tudo seguindo apenas suas regras (...). Amo pessoas que têm um senso bem distinto de quem são, um estilo pessoal bem definido que não se altera de acordo com o que está na moda em determinado período. Eu venho usando meu cabelo e maquiagem da mesma maneira há mais de 20 anos, e sei as roupas que quero vestir. Não me importo se alguém me diz que é datado, ultrapassado, ou que já viu tudo isso antes, que eu deveria variar. O verdadeiro glamour, beleza e estilo pessoal vêm do que te faz se sentir feliz com você mesma. É só isso”.
E com essas palavras, aquela minha crise
existencial deu uma acalmada considerável. Óbvio que tem uma série de fatores
que ajudaram nisso. Me conhecer melhor, entender o que eu estava
sentindo também. E as palavras de Dita, li num momento que eu
precisava ler, para me sentir melhor na minha pele. Conversar com amig@s e
escrever ajuda também!
Lembro que tinha me incomodado de ouvir várias
pessoas perguntando se iria cortar o cabelo um dia. E não foram poucas. E de
tanto ouvir, acabei pensando se eu deveria. Em seguida, me inquietei no porque
eu estava permitindo essa inquietação, já que era algo que não passava pela
minha cabeça. Eu não queria cortar o cabelo. Fim de papo.
Me senti aliviada. Não só porque li as palavras de
Dita que fizeram muito sentido, mas por saber que estava bem na minha própria
pele, por mais que em alguns momentos a gente duvide disso. Penso que é normal.
A mudança interna dá umas voltas na nossa mente e se olhar no espelho e não se
cobrar tanto, é difícil, mas conseguimos! É possível!
Von Teese tem mais coisas
a dizer sobre isso: “Esqueça aquele papo de ‘corpo de praia‘ e
ao invés disso procure aspirar modelos com as quais você realmente pode ser
parecida. Aprecie outros tipos de beleza. Eu mesma nunca tive o típico ‘corpo
de praia’. Eu nunca consegui me relacionar com as modelos da Victoria’s
Secret ou da Sports Illustrated. Ao invés disso, eu fui procurar
inspiração em outros ídolos. Essas modelos de hoje em dia são legais de se
olhar, mas elas são como cavalos de corrida – sim, são incríveis, mas raras e
eu não sou assim. Boa sorte em tentar ficar parecida com elas – você pode até
tentar, mas para a maioria das pessoas, não é um ideal alcançável".
Aí dentro de você tem uma pessoa única, então, é este nosso maior e melhor foco. Como diz a música da banda Audioslave, que adoro: Ser você mesmo é tudo o que pode fazer - Música: Be Yourself
Com informações do site Petiscos
Imagens: Pinterest
0 comentários:
Postar um comentário