Há alguns anos escrevi sobre isso e claro, muitas coisas mudaram. Novos canais sobre cultura foram criados e "morreram", deram o que tinha que dar. Tudo isso em prol de eventos culturais e artistas que não tem espaço na grande mídia.
O tempo passou e afirmar que as atividades relacionadas à cultura não evoluíram seria injusto. Evoluíram sim, é notável, felizmente. E aquele paralelo que fiz anos atrás em conversa com um amigo sobre os mundos da cultura amapaense “pop” e independente continua "firme e forte". Infelizmente, pouquíssimos artistas que conseguem repercussão fora do Estado, pouquíssimos tem cd´s gravados", e vejam só, uma gama de bandas, cantoras e outros artistas já possuem prestigio fora de Macapá e a “grande” massa não sabe. Desconhece o talento da própria terra, a não ser que seja o velho regional.
-“Como eu não sei disso?”. Você se pergunta.
O que eu poderia responder é:
A maioria das pessoas só valoriza o regional no sentido literal. Este conceito já deveria ter evoluído, se renovado, porque só o fato de estarmos aqui, morarmos e termos nascido aqui, nos torna regional. Somos da terra, representamos a terra. E o artista que desenvolve seu trabalho sem relacionar sua obra com palavras e ritmos tradicionais, também é regional. Eu lamento por “gestores culturais” pregarem tais conceitos tão retrógrados.
O irônico é, que aquele artista dito alternativo, faz questão de conhecer mais da tradição artística regional, e se não faz, deveria. Dificilmente vejo um artista renomado da terra demonstrar qualquer respeito pela nova geração que traz um vento novo de sensibilidade e amor pela cidade.
Vivemos sim no mundo paralelo cultural, um passeio pelos dois mundos, vale. Ninguém sai perdendo e ninguém se perde no mundo alheio.
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